Vila Nova de Gaia | A Cooperativa Artistas de Gaia e a Câmara Municipal apresentaram o programa da Onda Bienal 2016. Cerca de 700 artistas vão participar em 18 exposições, em 20 espaços distintos. A chama da I Bienal de Gaia vai ultrapassar as fronteiras do concelho e viajar até Barcelos, Gondomar, Seia, Tabuaço, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
“Se hoje estamos aqui, nesta Onda Bienal, é porque estamos já a perceber o corolário do valioso trabalho feito na I Bienal de Arte de Gaia e a preparar a 2ª edição que será em 2017”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, numa alusão ao êxito alcançado, no ano passado, com o projeto promovido pela Cooperativa Artistas de Gaia, em parceria com a autarquia.
A partir do exemplo de Bordéus, cidade da arte e da história classificada como Património Mundial da Humanidade pela Unesco, Eduardo Vítor Rodrigues antecipou estratégias para ombrear Vila Nova de Gaia.
“Estou convencido que a bienal e o trabalho desenvolvido nas artes em Gaia, que cruzam domínios tão estratégicos e fundamentais como o vinho, o bronze e a cerâmica, nos deixa a ambição de começar a trabalhar e a evoluir para uma classificação que permita assumir Gaia como um pólo desenvolvimentista, a partir de uma dimensão ligada às artes e à cultura”, salientou o presidente da Câmara, acrescentando: “Pode trazer uma mais-valia a toda a região, reinventar uma região desejada por quem nos visita e quer visitar segunda e terceira vez”.
Eduardo Vítor Rodrigues reafirmou o empenho da Autarquia na aplicação de recursos a este projeto, em concreto, numa lógica de contributo para que Gaia seja a Cidade das Artes e uma centralidade na cultura do país.
O desiderato é comum à Cooperativa Artistas de Gaia. “Sabemos que temos muito a fazer, mas também sabemos que onde há Onda Bienal, degrau a degrau vamos construir o nosso sonho, alicerçar o nosso projeto e trabalhar para, num futuro próximo de 4 ou 5 anos, Gaia tenha um papel significativo e de topo nas artes plásticas da Área Metropolitana do Porto, da região Norte e do País”, disse Agostinho Santos, presidente da direção da cooperativa e diretor da Onda Bienal.
“Vamos conseguir alcançar o nosso grande objetivo: fomentar e incentivar a criação artística, aumentar a qualidade e reafirmar o nosso município como a Cidade das Artes”, sublinhou.
A Onda Bienal começou hoje, dia 5 de fevereiro, com a inauguração da exposição de Joaquim Pires, intitulada “Trabalhos Recentes”, na antiga esquadra da PSP, onde estará patente até 5 de março. Do programa, destaca-se a abertura à comunidade, através da exposição “Arte no Hospital”, “Artistas de Gaia e Escolas em Diálogo”, “Gaiarte – Onda Bienal”, em parceria com o Rotary Clube de Vila Nova de Gaia, ou a Exposição Antológica de Nadir Afonso.
Entretanto, no próximo ano, a II Bienal de Arte de Gaia contará com uma representação da Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, enquanto em 2018, será este projeto artístico que contará com uma representação dos artistas da Bienal de Arte de Gaia, segundo anunciou Agostinho Santos, aludindo ao protocolo que, brevemente, estreitará as ligações das duas bienais do país.