Caminha | O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, disse que o estudo de reconfiguração do portinho de pesca de Vila Praia de Âncora deve estar pronto até final do ano “já com propostas e soluções de reconfiguração” da infraestrutura.
Segundo o autarca, “As situações difíceis dos portos de Vila Praia de Âncora, em Caminha e Ericeira, em Lisboa, são consideradas prioritárias pela DGRM e a expetativa é que o estudo técnico possa estar concluído até ao final do ano já com propostas e soluções de reconfiguração da Infraestrutura”.
O estudo deverá resultar o desenho de um novo ‘layout’ do porto, já com as correções necessárias, com vista a proceder-se à respetiva avaliação de impacte ambiental e depois à concretização das intervenções conjuntas da Direção Geral dos Recursos Naturais (DGRM) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nos molhes de proteção. O objetivo do trabalho dos especialistas é propor uma nova configuração para o porto de Vila Praia
Âncora de forma a minimizar as condições de assoreamento, reduzir substancialmente as necessidades de dragagem de manutenção, e, sobretudo, melhorar as condições de segurança para as embarcações no acesso ao porto”.
Miguel Alves acrescentou que o assoreamento daquele portinho “continua a olhos vistos”, esperando-se que, “entre a primavera e o verão”, possa ser efetuada nova operação. Segundo o autarca “a presença daqueles responsáveis no terreno foi importante para perceberem que, infelizmente, é preciso continuar a fazer dragagens e que elas têm que acontecer já este ano”.
O assoreamento no portinho de Vila Praia de Âncora, que conta com pouco mais de vinte embarcações de pesca tradicional e uma centena de pescadores, é um problema recorrente devido à configuração do portinho, construído há mais de uma década. Estima-se que a atividade piscatória envolva perto de 200 pessoas em Vila Praia de Âncora, da pesca propriamente dita à venda e ou à restauração.