Vem a conto a pergunta porque Pedro Sánchez no seu discurso de asalto ao poder falou de diálogo e nas primeiras decissões parecem anunciar conversa (falar uma pessoa com outra alternando os turnos de palavra) mais que parlamento (discutir sobre um assunto ou sobre um problema com a intenção de chegar a um acordo ou atopar solução), nas suas duas acepções. E esto me preocupa.
Lamentavelmente o diálogo de que se fala, e no que particulamente me interesa como nacionalista, vem oferecido a dous interlocutores: govern catalão e governo vasco, povo de Catalunya e povo de Euskalerria, representados polos sus respectivos partidos maioritaios nacionalistas. Galiza fica fora dos projectos do PSOE, de Podemos, de EU, das Mareas, como ficou fora da política do PP (só para tirar réditos) e acosada polo C’s. Mas do diálogo, segundo como seja e do que de positivo se tire, poderá nascer algúm tipo de esperança para este colonizado país nosso. Por isso me sinto interessado polo anunciado diálogo e expectante, ja desde o inicio, dos sinais que mande para pescudar o que se pode agardar.
Sem fe nem esperança analizo os primeiros sinos. Não em relação com nossa patria, que para os acordos do estado espanhol é de total irrelevancia, senão com as mensagens que manda aos que de verdade contam, que evidentemente são Catalunya e Euskadi. As mensagens não podem ser mais claras e desesperanzadoras ja que previsivelmente o diálogo se adia a depois do verão, ainda que se insista na sua necessidade, e o achegamento dos presos é uma pataca quente que se lanzan entre o novo ministro de Interior e o Julgado, se bem ultimamente o juiz Llarena devolveuna definitivamente ao Ministerio de Interior ao afirmar que não tem competências para mudar a prissões de Catalunya, que o competente é Institucions Penitenciarias, que dependem de Interior, polo que deixa sem excusa a Sánchez e a su ministro Marlaska. Sua resposta será sinal importante mas não definitoria.
O primeiro sinal na fronte de Catalunya, forte, preciso e palmario, e assim foi asumido polo proprio President da Generalitat, é o nomeamento de José Borrel para o Ministerio de Exteriores. O anticatalanismo de Borrell ja vem de muito atrás, até o ponto de que numa oportunidade Puyol espetuolhe “vostede Borrell nasceu em Catalunya, mas catalão não é” (versão catalana do dito por Castelao que “ser galego é algo mais que nascer em Galiza”). Não discrepa do proces, atacao, agredeo, descalificao e desacreditao. Borrel considera que o problema de España é a unidade territorial, só lhe falta coinsiderala como unidade de destino universal (José Ant. Primo de Rivera dixit). Borrell segirá sendo, agora com mais alto rango, o que difame na UE especialmente o movimento nacionalista catalão, a sua actividade e aos seus dirigentes e há defender toda a judialização do proces, o mantemento dos presos políticos (nunca o escoitei opor-se a esta situação como p.ej. fizo Iceta e outos mebros de PSC) e a aplicação de novo do art. 155 CE se os politicos aceptam o mandato do povo catalão de marchar cara a proclamação da República. Certamente Borrel catalão nõ é. Insultou aos nacionalistas decindo que habia que desinfectalos e ese insulto agrava-se com seu nomeamento para ministro. Vai tratar de desmontar no mundo o sentimento de simpatia que ganharom Puigdemont e resto dos ex-Consellers expatriados. Está claro que o govern da Generalitat acusou o golpe e laiouse.
O anterior sinal considereino como primeira mensagem negativa polo seu impacto, sua gravidade e seu claro significado. As que venhem seguidamente, sendo igualmente sinais com bofetada, para que não fique dúbida, ja não sei apreciar em que grado som umas mais manifestas que outras. Polo tanto a orde das pessoas que venhem seguidamente não é apodictico.
De Maxim Huerta, jornalista nomeado para Ministro de Cultura e Deportes só direi que detesta o deporte, segundo propria manfestação por escrito, e que nas redes escreveu mensagens como o de “me cago en el puto independentista”, alem de outros de carácter xenófobo e racista; ja vemos, que de culto (segundo se deduce da sua expressão) evidencia pouco e de deportista se exclue,é dos de “al enemigo por el culo”, ainda que agora, na toma de pose, se defina como tolerante; digo eu, não é dialogante, é tolerante ou seja que simplesmente “tolera” que só pode facelo alguem superior com outro inferior. Afortunadamente circunstancias muito diferentes propiciarom sua baixa como ministro (a verdade é que uma discrepancia com o criterio de Agencia Tributaria e levar seu criterio até o final, com ressultados negativos, não parece que seja motivo bastante para o cese).
Fernando G-Marlaska, próximo ao PP, que asume a carteira tanto importante como a de Interior (toda a policia e corpos represivos) parece uma incógnita. Mas tampouco é nada tranquilizante pese a sua sona de pessoa seria; seu pasado o delata; suas intervenções na Audiencia Nacional contra o nacionalismo vasco sua indiferencia fronte ás torturas, o procesamento a dous debuxantes de “El Jueves” por uma vinheta sexual dos principes, sua opinião a favor de condear a membros do 15-M por um protesto… nos alerta de qual será sua postura fronte a todo nacionalismo e me preocupa e no que respecta a Galiza sua consideração do nosso idioma, da nossa lingua, como dialecto. Com o PP, e a complicidade do PSOE, o estado espanhol invadiu policialmente Catalunya; não perdamos de vista que desplazado o PP continua o PSOE. Depois de traspasar-lhe o TS a competencia sobre o achegamento de presos políticos a prissões catalanas o propio Roger Torrente reclamar do governo Espanhol que materialice o cambio de atitude que pregoa e Maragall (conseller de exteriores) denunciar o cinismo institucional do Estado nesta questão, veremos qual é a solução.
Carmen Calvo, no Ministerio de Facenda é outra advertência, defensora de modificar o Cupo Vasco e concretamente em Galiza podria intentar que dasaparecese a exenção do imposto de sucessões para transmissões patrimoniais inferiores aos 400.000 €
. Margarita Robles casi desterrada no Ministerio de Defensa, quando foi ela a que investigou todo o entramado dos Gal e parecia mas adequado o Ministerio do Interior. Tampouco é proclive aos movimentos nacionalistas.
Isabel Celaa para o Ministerio de Educación e FP; ocupou cargos de relevo no Departamento de Educação, na Conselheria dos governos vascos do PSOE e com o governo de Patxi López “reorientou” a educação e o ensino em Euskadi, em detrimento da cultura e lingua proprias do país. Na sua toma de pose considera “bem vindas as linguas autonómicas”, como se fosse convidados que se achegasem á privilegiada lingua superior que é o castelhano, lingua esta de dominação como a definiu a Conseller de Cultura do Govern. Átame essa mosca polo rabo.
Carmen Calvo, Vicepresidente, foi a que negociou com o PP a aplicação do artigo 155 da CE a Catalunya.
Nadia Calviño, nova Ministra de Economia, muito celebrado nomeamento pola Sra. Ana Botín, Presidente do Banco de Santander, beneficiaria de expoliarnos nossos títulos aos accionista do Banco Pastor com a colaboração da Comissão europeia que propiciou ou polo menos abenzoou a compra do Popular por 1 € na sua qualidade de Directora Gêral do Budgest de Comissão Europeia.
Tal vez a recentemente designada Delegada do Governo em Catalunya, Teresa Cunillera, constitua um sinal mais alentador nesta imagem inicial, que no respecto aos direitos e arelas nacionais, nos está oferecendo o novo governo
Não semelha que com estes bimbios tenhamos muito mais que conversa fiada. De momento o TC ja desestimou o recurso de Puigdemont pola sua destituição e o juiz Llarena rejeita a recusação apresentada pola ex-presidente do Parlament. Menos mal que o Govern vai recuperar 16 das leis suspendidas polo TC.
Temos que resistir nesta nova travesia do deserto e temos que volcarnos numa informação veraz e independente que leva a todos os galegos o conhezimento dos problemas e retos do país, para concienciranos em quales som as propostas que realmente tenhem como horizonte a defensa dos intereses e necessidades galegas. Botouse a andar a aventura de um jornal diario en galego e desde Galiza, a saída do Diario Galego, que não só resulta fundamental porque se escreva em galego, senão tambem principalmente para facer chegar as novas de Galiza e em geral as que nos importam aos galegos desde Galiza, para recuperar informação válida e fiavel e tomar decissões com conhezimento.