Vila Nova de Famalicão | “A marca Famalicão Cidade Têxtil vem formalizar aquilo que o concelho já é há mais de um século – um importante centro de produção, investigação e desenvolvimento do setor têxtil –, e vem impulsionar um conceito de produção e de atividade económica que vai muito além dos muros das empresas”. Foi com uma homenagem a todos os famalicenses que deram “um enorme contributo para que chegássemos até aqui” e um apelo a todos para o “quão longe podemos chegar” que o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, apresentou a marca registada “Famalicão – Cidade Têxtil”.
A apresentação pública foi feita em primeira mão ao ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e a quem o acompanhou no jantar de gala e conferência da II Conferência Internacional do Têxtil e Vestuário que decorreu ontem, quarta-feira, 28 de fevereiro, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, com organização do CITEVE e da Associação Selectiva Moda.
Na presença de muitos dos maiores empresários nacionais do setor têxtil e do vestuário e das associações representativas do setor, Paulo Cunha disse que “o têxtil corre nas veias da comunidade famalicense há muitos anos por via da sua centralidade, dos seus recursos humanos, das suas empresas e pelas instituições que acolhe como o CITEVE, o CENTI e a Associação Têxtil de Portugal, a que se juntou mais recentemente a sede do Cluster Têxtil de Portugal”.
Para além disso, Paulo Cunha lembrou que o concelho apresenta números esclarecedores ao nível da produtividade do setor: “Mais de 11 mil pessoas ao serviço de 856 empresas, que garantiram, segundo relatório do INE de 2017, um volume de negócios de 771 milhões de euros, 236 milhões dos quais representado valor acrescentado e 475 milhões de euros para exportação”.
Tudo somado, são razões de sobra para Vila Nova de Famalicão se assumir como a Cidade Têxtil de Portugal, marca alicerçada no triângulo “pessoas, empresas e cidade”. “Queremos valorizar e rentabilizar esta marca de referência e acrescentar dimensão, notoriedade e reconhecimento para o território e paras as empresas famalicenses”, referiu Paulo Cunha.
Valorizar as profissões associadas ao Têxtil, atrair talentos, promover a inovação, atrair investimento, aumentar a internacionalização e exportações, valorizar a cidade a partir da indústria do concelho e do seu potencial cultural e turístico, são algumas das estratégias assumidas por Vila Nova de Famalicão nesta estratégia de reconhecimento nacional e internacional como uma cidade de importância capital para o setor, tanto a nível nacional como mesmo internacional.
A imagem que corporiza esta orgulhosa identidade têxtil de Vila Nova de Famalicão é traduzida através da força de um novelo de fio tradicional, redesenhado com os inputs tecnológicos e de inovação que o setor desenvolveu nos últimos anos.
Partindo do exemplo de Vila Nova de Famalicão e reconhecendo “o papel muito importante dos municípios que hoje trabalham ao lado dos empresários para conseguir soluções e ajudar as empresas a serem mais fortes, a investirem mais, e a criarem mais emprego”, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, aproveitou a oportunidade para “deixar um elogio ao trabalho dos presidentes das Câmaras que, como Famalicão, alavancam e dão força às empresas portuguesas”.