Caminha | Vilar de Mouros continua a ser Vilar de Mouros. O festival mais antigo da Península Ibérica, existente desde 1971, continua a manter aquela atmosfera festivaleira única que faz atrair diversas gerações, nomeadamente avós, pais e netos, e ainda conseguiu não cair no mainstream.
Este ano bateu o record de participantes. Foram 70 mil, segundo Duarte Marques, diretor do festival. No último dos quatro dias do evento (23, 24, 25 e 26 de agosto), com 25 mil pessoas, a capacidade esgotou.
Para o ano volta a 21, 22, 23 e 24 de agosto e, segundo o seu diretor, promete ser cada vez melhor. Talvez mais rock, talvez mais pop, talvez com mais algum espaço no recinto, como já acontecer de 2021 para 2022.
Nota maior para o público, oriundo de diversas partes da Galiza e diversas partes da Galiza, que souberam vivenciar o acontecimento com alegria e confraternização, numa demonstração evidente que os festivaleiros são gente pacífica e que sabe estar no contraponto das claques e dos hooligans no futebol.
Sem dúvida que os James, a banda que mais, no último dia, a banda estrangeira (inglesa), fundada em 1981, que mais vezes atuou em Portugal, levou o público ao rubro. O público não os queria deixar ir embora e
Para Duarte Marques, este foi um dos concertos mais marcantes do festival, juntamente com os dos Limp Bizkit e dos Within Temptation. As outras bandas também fizeram valer os seus créditos, ou seja, os Mincomaníacos (banda caminhense que abriu o festival), Xutos & Pontapés, The Last Internacional (que cantarem Grândola, Vila Morena, com o público), Enter Shikari, The Bloody Beetroots, The Prodigy, Millencolin, Nowhere To Be Found, Pendulum, Apocalyptica, Bizarra Locomotiva, Peaches, Guano Apes e os Ornatos Violeta, de Manel Cruz, que soube merecer as honras de fechar a edição de 2023.
Rui Lages, presidente da Câmara Municipal de Caminha, na conferência de Imprensa de balanço do festival, contente com o sucesso do evento em que é parceiro da organização, considerou que este é, de todos, o que apresenta o cartaz mais magnífico.
O público, como atrás dissemos, soube manter o autêntico espírito festivaleiro e, em termos gerais, estava satisfeito como o evento decorreu, nomeadamente nos benefícios que o espaço de campismo recebeu com mais de 100 tendas de glampings (foram 45 em 2022) e no eficientes shuttles gratuitos que circulavam, até às 4h00 da manhã, entre a Vilar de Mouros ena vila de Caminha. Muitos festivaleiros optaram, até, por deixar a sua viatura na vila da foz do Minho, até porque os 15 parques de estacionamento em Vilar de Mouros não ofereciam as melhores condições e, mesmo assim, estavam superlotados. Em sentido contrário foram as casas de banho manifestamente insuficientes para tanta gente e os preços que eram praticados nas estruturas instaladas no recinto, sobretudo nos preços do merchandising e das bebidas.