Tenho que voltar sobre as “letras galegas” expulsas ou excluidas do galego isolacionista como se ja não foram de este nosso pais, como se tiveram alguma paulinha e foram afastadas da vida literaria, como se cometeram algúm delito e foram condenadas ao exilio.
Se comezamos polo “ç” que aparece em todos os documentos e textos literarios do medioevo e que não consta cometese nengum acto de rebeldia, nem rebelião ne sedição (como agora fica de moda) para independizarse voluntariamente, pelo que sua exclussão só podemos imputala a uma expulssão sem causa conhezida nem juiço justo (mais bem nem justo nem injusto, não houvo juiço, alguém decretou expulssão ou morte, ou simplesmente ignorancia e abandono).
Na Academia de esta nossa nação, que guarda as essencias do idioma, não se outorga carta de cidadania ao “ç”, mantendose orgulhosamente indiferentes á que é uma letra que tem presença, vida e respeito em todo o nosso mundo idiomático, o mundo da lusofonia. A nossa RAG é assim de autocrática e independente (excepto em política do pais) que pode ignorar arrogantemente e sem explicações uma letra que adornou, segue adornando e é util em todos os textos literarios da lusofonia.
Com os dígrafos madia a levamos. Abandonouse toda a tradição gramatical, toda a transformação do latim para as linguas romances, designadamebte o mundo da lusofonia, e adoptouse a solução da única lingua romance que não seguiu o ejemplo das suas irmás: o mundo lingüistico do castelhano. Um prestigioso literato do nosso pais que justificava esta opção no evoluir mais natural das palavras, p. ex., dizia-me, annum transformase em año pola superposição das duas “n”; claro que annum no galego da “ano”, mandando ao demo uma das “n”; sempre a sumissão ao castelhano, pensava no passe ao castelhano e não ao galego.
Aquí realmente o que se transforma em “anho” é o “agnum”. Bom, somos colonizados polo castelhano no uso de essa letra tanto propria de ele que até a levam como bandeira, estandarte e sinal de identidade. E nos largamos nossos dígrafos, “nh” e “lh”, para tomar a novidade do “ñ”, como qualquera patufo ou desleigado que despreza o proprio para copiar o alheio. Naturalmente com o beneplácito da altanera RAG, que pola contra ampara o uso do dígrafo na palavra “unha”, não se sabe muito bem porque, pois o sonido nasal que pode ter ja fica desde o inicio resolvida na lusofonia com a palvra “uma”
Porqué copiar do castelhano o uso do “v” ou do “b” e do final “vel”? Toda a lusofonia, nosso mundo lingüistico, emprega o “v” de jeito similar a como tambem se usava no castelhano antigo. Bom, pois o castelhano moderno mudou e nos, sumisos imitadores, tambem mudamos para sair do noso mundo lusófono e pasarnos ao mundo idiomático do castelhano. A RAG conforme.
Durante quanto tempo nos disserom que o “q” era o cú? Ainda tardarom bem anos em comprender que o cú era uma cousa e a letra “que” outra.
Há algo que sempre me cheirou a corrupção, uma corrupção que deve vir de muito atrás, porque, que méritos tem o “x” para desprazar ao “g” e mais ao “j”? essa prepotencia que amostra aparecendo destacadamente no escrito por acima de qualquera outra consonante, esse limitarlhe o campo de imagem ao “g”, reduzido seu uso só com as vogais “a”, “o”, e “u”; e não digamos á “j” totalmente excluida, desaparecida, morta.
A RAG conforme com casi todo o que vem do castelhano, lingua de prestigio, porque tambem pensam no galego isolacionista, som tanto seus que não comprenden que o galego e o portugues são a mesma lingua, com matices nos diversos paises e incluso dentro do mesmo pais, que é a quarta lingua mais falada do mundo e que ainda foi por mais tempo “lingua do imperio”, pois o imperio portugués foi mais dilatado no tempo que o imperio espanhol.
A escrita fixa um idioma; e a ortografia prestigia o uso de esse idioma. Se queremos longa vida para o galego, recuperemos as normas lingüisticas da lusofonia, do nosso territorio idiomático, recuperemos as letras injusta e indebidamente expulsas e recuperemos o seu uso acorde com as normas internacionais do galego-portugues padrão.
Eu, desde sempre a agora aproveitando este escrito, quero mandar uma mensagem de amor a todas essas letras minhas, nossas, que gentes sem sentemento nem dignidade, apartarom do meu idioma, do uso habitual, e assegurar que nunca rejetar-ei delas e que seguir-ei sendo predicador do seu uso e da sua utilidade.