Há poucos días via uma noticia nos jornais que considero talentosa na prevenção dos incendios forestais. O Concelho de Vigo, sensibilizado depois dos tremendos incendios nos días 15/16 de outubro pasados, que asolarom grande parte do seu municipio (alem de outros nas provincias de Pontevedra e Ourense) decidiu tomar medidas para evitar tanto os incendios como os danos, que no caso do ano pasado afectarom a 7.000 proprietarios tanto na cidade como no rural e nas Comunidades de montes do término municipal, estimados em 9.000.000 €. Devemos reconhezer a eficacia no controlo e extinção do incendio de outubro por parte dos serviços municipais, Protecção Civel e a cidadania viguesa para um lume descontrolado e virulento a pesar da ausencia e ineficacia da Junta tanto em prevenção como extinção; boa noticia é que apenas tres meses depois dos feitos se tenham estudado medidas a adoptar para prevenção de futuros novos incendios, mais intensos e agresivos do habitual debido ao cambio climático. Pois bem, a solução proposta ou medida a adoptar parece do mais racional e simple: um cinturão ou faixa verde de cinquenta quilómetros de longitude e anchura semelhante á de um campo de futebol, que circundase praticamente toda a contorna do municipio a base de carvalhos e castinheiros fundamentalmente, excluindo expresamente eucaliptos e pinheiros. Ecológico, paisajístico, de expansiom para a cidadania e eficaz.
Quando lim esta noticia pensei na ineficàcia e indiferência da Junta que ainda no momento actual não decidiu que facer, quando o perigo da seca subsistiu até dezembro. Mas tambem pensei que menos mal que a ocorrencia não veu da Junta pois o mais provavel seria que as especies escolhidas para formar o cinturão seriam eucaliptos e pinheiros, para fornecer as empresas de seus amigos, depredadores das potencialidades acuíferas e forestais galegas e que com sua escolha propiciam o lume no monte.
Não é gratuita minha sospeita. O eucalipto, espalhado por um 17% do territorio nacional galego, colonizando perto de 500.000 hras, é o resultado de umas políticas, perversas e planificadas polo PP e pola Junta, de abandono do medio rural para sua posterior eucaliptização com objecto de abastecer as necesidades empresariais de ENCE primeiro e acrescentado agora para alimentar as plantas de biomasa.
Esta política nem mudou nem se moficou depois da desfeita de outubro passado cos incendios que asolarom especialmente as provincias de Ourense e Pontevedra e sul de Lugo, chegando em alguns municipios (tal como As Neves) a queimar o 90% da sua superficie. Eucaliptos e pinheiros som as especies mais proclives ao lume e facilitadoras de graves incendios, incluso dificultando as labouras de extinção; mais provaveis se os solos ficam orfos de uma adequada limpeza e nos lunes referentes de outubro pasado, precisamente as zonas asoladas eras maioritariamente forestais e de plantações de pinheiro e eucalipto. Pois malia todos os lunes a Xunta propicia mais monocultivo de eucalipto, porque agora, como deixamos dito, ao consumo de Ence temos que acrescentar o consumo das plantas de biomasa. A Xunta, na revissão que está a facer do Plano Forestal de Galiza do ano 1.992 não só renuncia a tomar medidas para diminuir a superficie ocupada polo eucalipto senão que promove ou prevé a plantação em algo mais de 20.000 hras e máximo de 30.000 hras de eucalipto nitens, ainda que prevé igualmente a corta em superficies semelhantes nas que convivam eucaliptos com pinheiros, mas esta última previssão de controlo de cortas foi totalmente descuidada e abandonada pola Junta no cumprimento das proprias previssões do Plano que agora se tenta revisar, de tal jeito que o número de plantações de eucalipto e pinheiro aumentaron manifestamente depois da aprovação do plano, em 1.992; polo que o fundamentado temor é que realmente se levarám a cabo as plantações de 20 ou 30 mil hras mais e que em absoluto se procederá á corta na mesma proporção de plantações mixtas; do mesmo jeito que no Plano de 1992 previa-se adicar uma superficie de 220.000 has para plantação de castinheiros.sem que até a data se houvese coberto mais dos 20%. Esta é a política forestal da Junta.
E se os eucaliptos arden e os pinos arden, lástima que o nosso hino nacional, Os Pinos, não provoque o lume da rebeldía do país para tomar conta do seu, para unidos botar mao dos recursos naturais para utilizalos em beneficio dos proprio país e de seus (cidadãos?) habitantes.