Ponte de Lima | O presidente da Câmara de Ponte de Lima , Vasco Ferraz, está confiante que a ligação ferroviária entre o Porto e Vigo, vai incluir uma paragem na vila, aguardando uma audiência com o ministro das Infraestruturas para aprofundar o assunto.
Vasco Ferraz declarou, referindo-se ao Plano Ferroviário Nacional (PFN), atualmente em fase de discussão pública, que “Acredito que, na audiência com o senhor ministro, nos possa dar alguma indicação, se bem que de uma forma, para já ligeiramente informal, mas que depois possa ser uma realidade quando se fizer, efetivamente, a apresentação definitiva do projeto”.
O autarca considerou não haver “dúvidas nenhumas que num território tão central como Ponte de Lima, a possibilidade de uma paragem técnica ou até inclusive para passageiros, possibilidade que está em cima da mesa, será fulcral” para o desenvolvimento do distrito de Viana do Castelo.
Vasco Ferraz explicou ter abordado Pedro Nuno Santos aquando da apresentação, no Porto, do PFN e referiu que a pretensão do concelho de ter uma paragem na ligação do comboio de alta velocidade, entre o Porto e Vigo, foi acolhida com “interesse” pelo governante que se comprometeu a receber o presidente da câmara, em audiência, cuja data está ainda por marcada.
O autarca adiantou que esta é uma “intenção antiga” do município que “tem andado a fazer algum trabalho no sentido de garantir esta paragem para depois a região poder “lutar pela ligação ferroviária, de Ponte de Lima à capital do distrito”.
“Termos uma paragem em Valença, sim senhor, é o limite do nosso país [com Espanha], mas num território como o nosso, ter uma paragem central em Ponte de Lima que pode distribuir depois, com alguma facilidade, para todo o território do Alto Minho é ótimo”, destacou.
Em outubro de 2020, o ex-presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vítor Mendes, defendeu que a futura ligação ferroviária de alta velocidade, entre o Porto e Vigo, prevista no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, devia incluir “uma paragem técnica” naquele município.
“No fundo seria uma paragem para manutenções, permitindo também que passageiros, em algumas situações de caráter excecional, pudessem parar”. O traçado é muito idêntico àquele que foi definido para o TGV há cerca de uma década e é essa a posição que vamos defender quando formos confrontados com esse investimento”, disse, na altura Victor Mendes. Para o antecessor de Vasco Ferraz, a paragem da alta velocidade no concelho permitiria a criação de um “interface rodoviário” que beneficiaria todo o Alto Minho.
Concluída a fase da discussão pública do PFN, a proposta volta a Conselho de Ministros para nova aprovação, antes de ser encaminhada para a discussão na Assembleia da República, de onde deverá sair em forma de lei, tal como acontece com o Plano Rodoviário Nacional.
Segundo o ministro Pedro Nuno Santos, o plano já espelha o trabalho que está a ser feito no quadro do Ferrovia 2020 e plasma também o que está a ser previsto para o Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que são a linha de alta velocidade, para ligar Lisboa ao Porto e Porto a Vigo, em Espanha, a eletrificação da totalidade da rede, e a “resolução de bloqueios nas duas áreas metropolitanas”.