Viana do Castelo | A ‘designer’ Isabel Lima e a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), pretendem recuperar o uso do fato de noiva do traje à Vianesa nos casamentos, e vão lançar em 2020 a primeira edição do projeto “Noivos 100% Alto Minho”.
A criadora diz que “as gentes do Minho atribuem um grande significado ao matrimónio, tendo criado um traje emblemático”.
“É em torno desse símbolo da região que decidimos criar um evento para ser vivido, não como um simples costume ou apenas uma bênção ao amor, mas com um sentido mais abrangente e profundo para que o fato de noiva tradicional volte a ter a importância de outros tempos”, referiu.
Intitulado “Noivos 100% Alto Minho”, o projeto da criadora, que tem o apoio da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), arrancará com a primeira edição a 15 de agosto de 2020, no dia de Nossa Senhora da Assunção, na Sé Catedral de Viana do Castelo.
Isabel Lima destacou ainda o “cariz solidário” do projeto, “uma vez que os casais que se candidatarem (até ao dia 28 de fevereiro) não terão de pagar os custos da cerimónia” e sua a “importância religiosa”.
“O nosso objetivo é envolver a Diocese de Viana do Castelo, criando um conjunto de sinergias que reforçar e afirmar o território”, sublinhou.
A iniciativa “Noivos 100% Alto Minho” pretende “proporcionar um casamento típico do Minho a um número, ainda não definido, de candidatos que podem ou não residir no distrito de Viana do Castelo, bem como a emigrantes ou lusodescendentes”.
A marca “100 % Alto Minho” foi lançada em 2012 pela CEVAL, estrutura que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo, com o apoio da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), para valorizar os recursos e potencialidades endógenas da região.
Atualmente, “mais de 100 empresas são detentoras daquele selo”, que tem como embaixadores Dom Duarte de Bragança, a coreógrafa Olga Roriz e o canoísta Fernando Pimenta, entre outros.
Para o presidente do CEVAL, Luís Ceia, tratar-se de um projeto que “vai ao encontro dos objetivos da marca criada para “identificar e agregar os recursos da região, desde produtos, serviços, empresas, numa tentativa de aproximação da oferta e da procura, acrescentando valor aos aderentes e dinamizando a economia da região”.
Luís Ceia afirmou que a confederação irá dar apoio “logístico e de divulgação” ao projeto, inspirado na iniciativa Casamentos de Santo António de Lisboa.
Os interessados em casar ao abrigo do novo projeto terão de formalizar uma candidatura, cabendo a seleção dos casais a um júri a designar.
“Será uma cerimónia pública. Cada casal terá direito a 30 convidados para a cerimónia religiosa e para o copo de água. O projeto envolve parcerias que apoiam a concretização de todas as formalidades exigidas para a realização do casamento civil e religioso, e os vários momentos especiais dos noivos”, especificou.
Isabel Lima destacou ainda o “caráter empreendedor” do projeto que surge “num território que se tem afirmado através de iniciativas assentes nos seus usos, costumes e tradição, preservando a sua identidade, inovando na construção de ideias, na avaliação de novas oportunidades e na mobilização de recursos”.